Bumba meu boi ou Boi Bumbá

Blog | 127 | 30/06/2020

Dia do Bumba meu boi / boi-bumbá, uma conhecida festa do folclore popular brasileiro, que gira em torno de uma lenda sobre a morte e ressurreição de um boi. Todos os anos, principalmente no Nordeste e no Norte do Brasil, são feitas muitas festas com a figura do animal, feitas pelas agremiações de “bois”, que realizam cortejos, apresentações e até competições! A festa tem ligações com diversas tradições, africanas, indígenas e europeias, inclusive com festas religiosas católicas, sendo associada fortemente ao período de festas juninas. Assim, a manifestação adquiriu nomes, ritmos, formas de apresentação, indumentárias, personagens, instrumentos, adereços e temas diferentes em cada localidade. Seu início foi em Pernambuco, registrado num jornal local em 1840 como Boi Voador, porém a festa é mais conhecida e festejada no Maranhão - que recebeu o título do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) - sendo muito valorizado. Dalí foi exportado para o Estado do Amazonas com o nome de boi-bumbá e sofreu adaptações com a cultura indígena e o imaginário da região. Em Parintins o Festival Folclórico de Parintins é realizado desde 1965, mas a festa dos os bois por lá existe desde 1913. Vale muita a pena ver!

A essência da lenda enlaça a sátira, a comédia, a tragédia e o drama... demonstra sempre o contraste entre a fragilidade do homem e a força bruta de um boi. Existem algumas variações a respeito da lenda do boi. A história mais comum aborda a escrava Catirina (ou Catarina), grávida, que pede ao marido Chico (ou Pai Francisco) para comer língua de boi. O escravo atende ao desejo da esposa, matando o boi, e sendo preso a mando do dono da fazenda. Com a ajuda de curandeiros, o boi é então ressuscitado. Dependendo da versão, outros personagens podem ser incorporados, tais como: Battião, Arlequim, Pastorinha, Turtuqué, o engenheiro, o padre, o médico, o diabo, entre outros. Quase todos quase sempre interpretados por homens, que se travestem para compor os personagens femininos. Em algumas versões, Pai Chico chama-se Mateus e o boi não é morto por ele, mas apenas se perde e acaba morto no decorrer da história, sendo também ressuscitado no fim.

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No Estado do Amazonas, o Festival Folclórico de Parintins é um evento que todo mês de junho leva cerca de 100 mil visitantes à ilha, localizada a 420 km de Manaus. Há décadas, a tradicional disputa dos bois-bumbás, o azul Caprichoso contra o vermelho Garantido, resulta num espetáculo conhecido Brasil afora, repleto de cores, música, lendas e figuras mitológicas. Peculiaridades: O Bumbódromo foi inaugurado em 1988 e desde então, cerca de 17 mil pessoas por dia podem assistir ao Auto do Boi, no ritmo de toadas. Cada boi se apresenta nas três noites, por duas horas e meia e são avaliados por jurados. O Garantido é o maior vencedor da festa, ganhando com uma certa vantagem no total de prêmios. Você sabia que a torcida de um boi tem que ficar em silêncio durante a apresentação do outro? Certas fantasias podem chegar a pesar 20kg!

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