Serra da Cantareira

Vale a pena fazer uma caminhada e ter essa vista.

Encravada no limite norte de São Paulo, a Serra da Cantareira resiste como uma muralha verde rodeada de cinza do concreto da maior metrópole da América do Sul. Se tornou um dos últimos bastiões da sempre ameaçada Mata Atlântica, quando há 57 anos foi criado o Parque Estadual Cantareira. No entanto, antes de se tornar principal fonte de abastecimento de água e uma das melhores opções de ecoturismo na capital, a Serra sofreu com um histórico de degradação.

Com a fundação da Vila de São Paulo de Piratininga, muitos tropeiros cruzavam a serra a caminho das Minas Gerais. A abundância de nascentes de rios fez com que a região fosse um ponto de parada estratégico para que os viajantes acumulassem água em cântaros, ou jarros. As prateleiras cheias de cântaros de água eram conhecidas como Cantareiras, vindo daí o nome.

Durante o século XIX, com a expansão da cidade, muitas áreas de Serra da Cantareira estavam ocupadas por fazendas e a Mata Atlântica original deu lugar ao Mate, Café e Cana. Com problemas de abastecimento, o Governo desapropriou essas terras para recuperação da floresta original e das nascentes de rios, além de implantar um plano de abastecimento com represas.

A necessidade de se preservar a Serra da Cantareira ganhou força com a implantação do parque em 1963. São mais de 7.916 hectares divididos entres os municípios de São Paulo, Guarulhos, Caieiras e Mairiporã. Uma área tão grande e com tamanha biodiversidade foi dividida em 4 núcleos.O mais famoso deles é o da Pedra Grande.

Uma trilha íngreme e asfaltada conduz os visitantes ao tão famoso rochedo com uma das melhores vistas de São Paulo. Sem falar da sensação de estar em contato com a natureza em um dos maiores parques de floresta urbana do mundo. Com a retomada de abertura dos parques, as visitas estão limitadas de segunda a sexta e é necessário o agendamento e compra de ingressos pelo site ingressosparquespaulistas.com.br

Texto e fotos: @renato.goes

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